Da esquerda para a direita: o presidente do Conef e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, ao microfone, observado pela diretora-executiva da CNseg, Solange Beatriz Palheiro Mendes; ao lado do diretor-presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto; da representante da Secretária Nacional do Consumidor (Senacom), Juliana Pereira da Silva; do diretor do Banco Central (BC), Luiz Feltrin; do superintendente da Susep, Roberto Westenberger; do diretor-geral da Escola de Administração Fazendária (Esaf), Alexandre Ribeiro Motta; do diretor de educação financeira da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Fábio Morais, e do superintendente de Educação da Anbima, Ana Cláudia Leoni
Com o objetivo de disseminar e estimular a mobilização em torno da educação financeira, foi oficialmente aberta na manhã desta segunda-feira, dia 5, no Hotel Windsor Atlântica, em Copacabana, a Semana de Educação Financeira, sob a coordenação do Comitê Nacional da Educação Financeira (Conef), do qual a CNseg é integrante, ao lado de diversos órgãos e entidades do pode público e sociedade civil.
Mais de 160 iniciativas em educação financeira, das mais diversas entidades, foram cadastradas no programa oficial da Semana e serão realizadas em 17 municípios, de 14 estados brasileiros, até sexta-feira, dia 9.
Entre essas iniciativas, destaca-se as da CNseg, que promove o Ciclo de Palestras de Educação Financeira, em parceria com a Escola Nacional de Seguros e a Seguradora Líder DPVAT, além da 4ª Conferência de Proteção do Consumidor de Seguros e da ação Torcedor Seguro, em parceria com a Susep. (veja mais sobre as ações da CNseg e do mercado segurador clicando aqui)
A diretora-executiva da CNseg e representante da entidade no Conef, Solange Beatriz Palheiro Mendes, participou do evento ressaltando a importância da ampliação da educação financeira em um cenário de aumento expressivo no acesso da população aos produtos financeiros.
"Hoje, 50% das pessoas que ganham até dois salários mínimos estão pagando a casa própria. Precisamos dar a esta população, o conhecimento, a informação e os serviços adequados. A CNseg está vivamente empenhada em disseminar o conceito de seguro para que ele passe a ser conhecido, bem compreendido e, acima de tudo, que possa prestar o melhor serviço a toda a comunidade", constatou Solange Beatriz.
A diretora-executiva da CNseg também lembrou que o setor mantém esforço permanente de levar conhecimento através da Escola Nacional de Seguros. "A educação sempre foi uma tônica do nosso setor. A educação securitária é um segmento da educação financeira. Saber o que é risco e quais os fundamentos do mutualismo, por exemplo, são conceitos técnicos, mas que permeiam todo um comportamento. Daí a importância da educação financeira".
O superintendente da Susep e membro do Conef, Roberto Westenberger, também esteve presente ao evento, quando reforçou a importância da educação financeira em face da maior complexidade dos produtos financeiros oferecidos aos investidores atualmente. Westenberger destacou que o Conef, por meio da Estratégia Nacional de Educação Financeira (Enef), efetuou o mapeamento das ações de educação financeira. "Foram mais de 800 iniciativas detectadas em todo o Brasil. Por isso, há a necessidade de uma estratégia que coordene todas estas ações".
O presidente do Conef e da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, explicou que a Semana de Educação Financeira abrange ações destinadas a todos os públicos, de alunos da escola primária até a população da terceira idade. "Quando eu estava me preparando para assumir a CVM, listei os temas mais importantes e desafiadores e a resposta sempre passava pela educação financeira. Temos uma jornada longa e desafiadora pela frente, mas temos que seguir passo-a-passo".
Já o diretor do Banco Central (BC), Luiz Feltrin, lembrou que, a partir do serviço de atendimento a reclamações da autarquia, foi possível detectar a importância das ações de educação financeira. "Temos que empoderar o consumidor. Na nossa experiência no BC, vemos que as pessoas muitas vezes vêm reclamar, mas sem conhecer adequadamente os produtos e serviços financeiros".
A representante da Secretária Nacional do Consumidor (Senacom), Juliana Pereira da Silva, as ações devem auxiliar à população a evitar o endividamento e a ampliação da poupança interna. “Espero que mais essa iniciativa seja um grande esforço na quebra de paradigmas em relação ao endividamento. O que uniu todas autoridades é a sustentabilidade da pessoa física, que ela consiga comprar produtos e que não permita um endividamento acima do necessário”.
A questão da poupança também foi citada pelo diretor-presidente da BM&F Bovespa, Edemir Pinto. De acordo com ele, as ações de educação financeira propiciarão o aumento da poupança interna o que, para ele, pode favorecer também a entrada das pessoas físicas na Bovespa. Segundo Edemir Pinto, hoje, apenas 0,3% da população investe na bolsa de valores. Em países como Chile e Peru, o percentual chega a 6%. “São 610 mil CPFs e a nossa meta agora é alcançar 5 milhões até 2018”.
Leonardo Pereira salientou, por sua vez, que mais informação e conhecimento pode evitar, inclusive, ações judiciais de investidores por perdas, algo que está se tornando mais comum. "Não podemos tirar o poder de decisão dos investidores. Mas precisamos ter certeza de que eles possuem acesso às informações corretas e transparentes".
A superintedente da Associação de Educação Financeira (AEF), Silvia Morais, fez o lançmento e apresentação da Plataforma Aberta de Educação Financeira nas Escolas (www.edufinanceiranaescola.org.br). O portal disponibiliza todo o material didático utilizado no programa Educação Financeira nas Escolas, adotado por 3 mil escolas no país A plataforma permite que o professor acesse e leve o conteúdo para qualquer sala de aula. “O programa chega a alunos do Ensino Médio. É importante disseminar a educação financeira porque o jovem que participa poupa e planeja mais, além de ele ser um multiplicador. Ele leva esse conhecimento para a casa”.
A coordenadora do projeto de educação financeira na Previc, Patrícia Monteiro, destacou os benefícios da educação financeira também para o incremento da previdência no país. Ela lembrou também os dois eventos promovidos pela entidade em Brasília: o IX Seminário de Educação Previdenciária e a 2ª Oficinas de Projetos de Educação Previdenciária.
A superintendente de Educação da Anbima, Ana Cláudia Leoni, destacou o esforço da entidade em levar qualificação também para os consultores que atuam na intermediação dos serviços financeiros, grupo para o qual a Ambima já concedeu mais de 350 mil de suas certificações obrigatórias. "Mais de 35% das pessoas tomam a decisão de investimento com base na orientação destes profissionais, que necessitam ter uma qualificação continuada".
Já diretor-geral da Escola de Administração Fazendária (Esaf), Alexandre Ribeiro Motta, salientou a importância da união de esforços entre as diversas entidades que fazem parte do Conef e que possibilitaram a realização da Semana Nacional da Educação Financeira. Ele destacou, ainda, a realização, em Brasília, do Seminário de Educação Fiscal e Financeira, no qual será apresentado o Programa Nacional de Educação Fiscal (PNEF).
>> Visite o site oficial da Semana Nacional de Educação Financeira e veja a programação de eventos.