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Presidente da APTS faz palestra no CVG-RJ

Especialista lista aspectos essenciais para potencial dos seguros de Pessoas se materializar

23 de Junho de 2017 - FenaPrevi

Mesmo com 118 óbitos decorrentes de acidentes de trânsito (neste caso, amparados pelo DPVAT) ou 700 mil vítimas de acidentes no trabalho diários, as seguradoras não atendem ao total de sinistros ocorridos no País, porque apenas 10% dos 206 milhões de brasileiros possuem seguro de Vida e de Acidentes Pessoais.

A revelação é do presidente da APTS, Osmar Bertacini, convidado especial do Workshop VIP do Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro (CVG-RJ), realizado nesta quinta-feira (22). Com 55 anos de atuação no mercado de seguros, Bertacini aproveitou sua expertise para listar alguns aspectos essenciais para que o potencial dos seguros de Pessoas se materialize.

O primeiro é uma boa subscrição. “Hoje, não há o rigor necessário ao realizar essa etapa. É preciso olhar para a demanda no momento da subscrição de riscos e da precificação, e não para a sua própria carteira. Uma mudança nesse sentido tornaria a liquidação de sinistros muito mais tranquila”, explicou Bertacini. Nesse sentido, ele destacou a importância de se solicitar documentos como a Declaração Pessoal de Saúde (DPS) para evitar ruídos e garantir agilidade quando a indenização for solicitada.

Outro gargalo é a falta de campanhas de aculturamento da população sobre o seguro de cunho institucional. “Os jovens, que serão os futuros segurados, só têm contato com a propaganda de cada seguradora”, disse, contando que o Sincor-SP está à frente de um projeto para conscientizar a juventude das escolas públicas de São Paulo sobre a importância de se proteger, que será colocado em prática a partir de agosto.

Além da diversificação da carteira, o presidente da APTS recomenda que os corretores busquem sempre se atualizar sobre as normas da Susep e as tendências do ramo, que é bastante complexo. “Há diversas modalidades que não podem ser esquecidas no dia a dia: o Vida temporário, o prestamista, os seguros de Vida previstos em convenções salariais, os feitos por capital global, o seguro obrigatório para estagiários e, é claro, o DPVAT – um direito que grande parcela da população desconhece”, listou.

Outra dica é se aprofundar mais na hora de vender o produto. “Se um cirurgião plástico que trabalha principalmente com o dedo indicador e o polegar perde um deles, em uma apólice tradicional, ganha indenização equivalente a 15% da garantia segurada. Mas, sem aquele dedo, ele não pode mais trabalhar. Por isso, o seguro deve levar esse fator em conta. Mas só sabemos disso se perguntamos sobre a profissão do nosso segurado”, orientou, garantindo que a diferença no valor do prêmio é pequena, enquanto a indenização cresce consideravelmente.

Bertacini ainda frisou que o setor de seguros precisa mostrar mais à sociedade quanto devolve em indenizações a cada ano. “Foram R$ 7 bilhões pagos somente em Vida em 2015, e R$ 207 bilhões pelo mercado em geral”, informou. Ele alertou, por fim, a necessidade de atualização da legislação do segmento e de maior vigor na punição às tentativas de fraudes, que desequilibram o segmento.

Perfil. O Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro, criado há mais de 50 anos com o objetivo de estimular o crescimento dos Seguros de Pessoas no Brasil, reúne 26 empresas beneméritas (são empresas do mercado, que colaboram  para que o CVG-RJ desenvolva as suas atividades), entre seguradoras, corretoras, consultorias e assessorias de seguro. Ao todo, são mais de 700 associados, que participam de suas atividades.

 

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