Dados da FenaPrevi mostram que, desde março do ano passado até maio deste ano, já foram resgatados R$ 110 bilhões dos fundos de previdência complementar (PGBL e VGBL). O valor corresponde a mais de 10% das reservas destas aplicações, que somam R$ 1 trilhão, e é o maior montante já retirado para o período de 14 meses.
Segundo abordagem de O Globo, a pandemia foi o principal fator para que as pessoas sacassem as aplicações para pagar dívidas. Na avaliação do diretor-executivo da FenaPrevi, Carlos de Paula, embora seja a última opção, os resgates funcionaram como uma "válvula de descompressão" das finanças das famílias durante a pandemia, em que muitos perderam o emprego ou viram as receitas dos seus negócios despencarem.
Outros fatores podem ter influenciado, como o aumento de mortes de titulares, que geram saques por parte dos herdeiros, e a migração de recursos a outras aplicações. Mas, para especialistas, o principal fator vem da falta de reservas financeiras capazes de manter as famílias durante a crise.
O texto cita ainda que, de janeiro a junho deste ano, houve aumento de 39% no número de operações de portabilidade em relação a igual período do ano anterior, segundo a FenaPrevi.
Previdência complementar aberta apresenta crescimento em 2021
22 de Julho de 2021 - Previdência